Miguel Veloso

"Sou Sportinguista desde que aqui cheguei"

- Foi afastado do Benfica depois de o seu pai também ter saído. Ainda sente alguma mágoa do clube?

- Foi um golpe rude. Fui para lá porque era o passo natural, o clube do meu pai. Estive lá dos sete aos 13 anos, e foi bom. Só fiquei triste pela forma como certas pessoas me trataram quando decidiram a minha saída, mas diferencio o clube de quem o dirige. Eu era um miúdo igual aos outros e não pedia mais, nem menos, para mim por ser filho de quem sou. Queria ser tratado da mesma maneira, e isso não aconteceu. Mandaram-me embora, num processo triste. Fiquei sentido. Depois, estive uma época como iniciado de segundo ano no Cultural da Pontinha e, embora ainda tivesse idade de iniciado de primeiro ano, jogava nos iniciados de segundo ano, numa temporada que me correu muito bem. Disputávamos o Campeonato Nacional, por onde “passeavam” Benfica e Sporting. Empatámos em casa contra os dois, e eu marquei em ambos os encontros, que ficaram 1-1.

- E, nessa fase, surge o Sporting?
- Exacto. Felizmente, o sr. Aurélio Pereira falou com o meu pai por essa altura, demonstrando interesse em mim. Lembro-me de falarmos em casa e de o meu pai dizer que a decisão era exclusivamente minha. Respondi que sim, como é óbvio. Vim para o Sporting e fui acarinhado desde o primeiro momento.

- É assim que se muda uma simpatia por um clube?
- Sou sportinguista. Depois de chegar ao Sporting e sinto o inverso, do que aconteceu no Benfica, ou seja, pessoas a lidarem comigo da melhor forma, e isso toca fundo a qualquer pessoa, especialmente a um miúdo. Sentir que tudo fariam por mim desde que o justificasse marcou-me muito.

Força Sporting